AS LEIS GOVERNAMENTAIS NÃO POSSUEM LEGITIMIDADE, POIS HÁ MUITO NÃO EMANAM DO POVO! VAMOS CRIAR A POLICRACIA?

 

AS LEIS GOVERNAMENTAIS

NÃO POSSUEM LEGITIMIDADE,

POIS HÁ MUITO 

NÃO EMANAM DO POVO!

VAMOS CRIAR A POLICRACIA?



JEAN-JACQUES ROUSSEAU, nascido em Genebra, em 28 de junho de 1712 foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor, cujas ideias influenciaram profundamente todo o DIREITO e outras áreas das ciências humanas em conceitos como ESTADO, PODER e SOBERANIA, tais quais conhecemos atualmente.

 

ROUSSEAU explica muito bem o ABSURDO que o BRASIL, e muitos outros países pelo Planeta e seus POVOS têm VIVIDO há muitas décadas, ESTAGNADOS no seu DESENVOLVIMENTO e em sua EVOLUÇÃO, porque as LEIS NÃO POSSUEM LEGITIMIDADE, pois há muito NÃO EMANAM do POVO, NÃO REPRESENTAM o INTERESSE PÚBLICO e representam somente os INTERESSES PARTICULARES dos PARTIDOS POLÍTICOS DÉSPOTAS, dos GRUPOS OCULTOS que os COMANDAM e de POLÍTICOS DESPREPARADOS que JAMAIS REPRESENTARAM o POVO, mas sim a seus PARTIDOS e seus senhores, que se aliaram a EMPRESÁRIOS PODEROSOS e INESCRUPULOSOS e a interesses de PAÍSES ALIENÍGENAS.

 

Os trechos abaixo, extraídos do Livro EVOLUÇÃO CIDADÃ, não deixam nenhuma dúvida sobre o total AFASTAMENTO do POVO, o SOBERANO do PAÍS, das DECISÕES POLÍTICAS, sendo ENGANADOS apenas com a MALDITA OBRIGAÇÃO do VOTO, que também JAMAIS SERVIU para ESCOLHER os seus VERDADEIROS REPRESENTANTES, mas sim os do GRUPO que a TUDO COMANDA.

 

Leiam com atenção e carinho, e reflitam:

 

Segundo ROUSSEAU, o objetivo da CIÊNCIA POLÍTICA deve sempre ser a busca da REGRA LEGÍTIMA e SEGURA de ADMINISTRAÇÃO, considerando os CIDADÃOS como são e as LEIS como PODERÃO SER, a fim de que a JUSTIÇA e a UTILIDADE não sejam DIVIDIDAS. Quando o POVO é obrigado a obedecer, OBEDECE, mas logo que pode, DERRUBA o JUGO, RECUPERANDO a sua LIBERDADE, pelo mesmo direito que a mesma lhe foi arrebatada.

 

“A ORDEM SOCIAL é um DIREITO SAGRADO, que serve de base a todos os outros... A FAMÍLIA é a MAIS ANTIGA SOCIEDADE e a ÚNICA NATURAL.”  É o primeiro modelo de sociedade política: O Chefe reflete a imagem do pai; O Povo reflete a imagem dos filhos; e a LIBERDADE, que significa que todos tendo NASCIDO IGUAIS e LIVRES, não alienam a sua LIBERDADE. “A FORÇA fez os primeiros ESCRAVOS, a COVARDIA os PERPETUOU.”

 

PROTEGER a própria CONSERVAÇÃO é a primeira LEI do SER HUMANO, que, após atingir a IDADE da RAZÃO (princípio difícil de mensurar nos dias atuais), torna-se senhor de si mesmo e é o único juiz dos meios próprios para zelar por sua conservação.

 

Para ROUSSEAU, uma LEI é a matéria geral estatuída pela VONTADE GERAL, quando TODO o POVO ESTATUI sobre TODO o POVO. São necessárias as CONVENÇÕES e as LEIS para UNIR os DIREITOS aos DEVERES e encaminhar a JUSTIÇA a seu OBJETIVO. “REPÚBLICA é todo ESTADO regido por LEI, independente da forma de administração que possa ter, porque SOMENTE então o INTERESSE PÚBLICO GOVERNA e a coisa pública representa algo. Todo GOVERNO LEGÍTIMO é REPUBLICANO.”

 

Não é o que acontece nas últimas décadas, pois as LEIS têm sido CRIADAS contra a vontade do POVO e mais para OPRIMI-LO do que para DEFENDER o seu PACTO SOCIAL. NÃO EXISTE a VONTADE GERAL nessas LEIS que representam o OBJETO PARTICULAR. Portanto, essas leis NÃO POSSUEM a necessária LEGITIMIDADE, pois NÃO EMANAM do POVO e seus representantes DEIXARAM de REPRESENTÁ-LO, para atender à INTERESSES PRIVADOS, pessoais, oportunistas e corruptos.

 

A TRANSFORMAÇÃO dos TRÊS PODERES, sagrados para a EXISTÊNCIA e a SOBREVIVÊNCIA de uma DEMOCRACIA, em uma MASSA UNIFORME, subordinada apenas ao INTERESSE de GRUPOS OLIGÁRQUICOS e PARTICULARES, levando-a ao DESPOTISMO, esteve claramente expressa nas ideias de ROUSSEAU. E hoje, os TRÊS PODERES estão PROMISCUÍDOS e praticamente COMANDAM todas as LEIS.

 

“O legislador é, sob todos os aspectos, um homem extraordinário no Estado, por seu gênio e por seu emprego... Aquele que COMANDA os HOMENS, NÃO DEVE COMANDAR as LEIS; aquele que COMANDA as LEIS, NÃO DEVE tampouco COMANDAR os HOMENS; do contrário essas leis, ministros de suas paixões, muitas vezes não fariam outra coisa senão PERPETUAR suas INJUSTIÇAS e ele jamais poderia evitar que INTERESSES PARTICULARES alterassem a santidade de sua obra.”

 

Segundo o filósofo e historiador romano TITO LÍVIO, um acordo de classes (teria sido um pacto social?) fez nascer uma magistratura especial, constituída por dez membros, os DECÊNVIROS (decemuiri legibus scribundis), com a incumbência de elaborar um corpo de LEIS, aplicável a todos os romanos, patrícios e plebeus. Daí surgiu a LEI das XII TÁBUAS, que significou o início da primazia do DIREITO ESCRITO, que predomina até hoje nos SISTEMAS JURÍDICOS OCIDENTAIS e tratam do direito material e do direito processual. Os decênviros diziam ao povo: “NADA do que propomos pode se transformar em LEI SEM o VOSSO CONSENTIMENTO. ROMANOS, sede vós mesmos os AUTORES das LEIS que devem promover a vossa FELICIDADE.”

 

Se a SOCIEDADE foi INVENTADA pelo POVO, os GOVERNOS foram criados, estabelecidos e eleitos pelo POVO, os LEGISLADORES foram eleitos ou indicados pelo POVO ou por SEUS REPRESENTANTES, como podemos aceitar que o POVO SEJA ALIENADO da ELABORAÇÃO e da APROVAÇÃO de LEIS, que NÃO SEJAM BOAS para a VONTADE GERAL, e que atendam mais à VONTADES PARCIAIS e PARTICULARES ou à VALORES que não sejam os SEUS? Portanto, os DECÊNVIROS deram um SÁBIO CONSELHO à HUMANIDADE, que deveria considerá-lo como uma PEDRA FUNDAMENTAL para a instituição de qualquer FORMA de GOVERNO.

 

Não há dúvida de que o consentimento ou a APROVAÇÃO das LEIS do PAÍS, por todas as PESSOAS das enormes populações dos países do Terceiro Milênio, será ALGO COMPLICADO, principalmente pela existência ainda de enormes contingentes de analfabetos, tanto em educação como em cultura, porém, a TECNOLOGIA veio para compensar. Portanto, acredito que o MUNDO será muito MELHOR se todas as LEIS que possam INFLUIR diretamente na VIDA do CIDADÃO forem SUBMETIDAS ao POVO antes da sua SANÇÃO FINAL.

 

A elaboração da CONSTITUIÇÃO, de suas Emendas, de LEIS ou alterações das existentes deverá ser colocada à DISPOSIÇÃO da POPULAÇÃO, pela mídia e rede de internet, com um prazo mínimo de três meses, para que receba comentários e sugestões. Vencido o prazo, e após a revisão da legislação, adaptando-a à VONTADE GERAL, ela deverá ser submetida ainda a um REFERENDO. Legislação que verse apenas sobre regulamentação da Constituição ou de leis já aprovadas, ou de normas de execução de serviços administrativos, não seriam submetidas à aprovação popular, pois existe o Poder Judiciário para defender a constitucionalidade dos atos.

 

Para isso será importante que o VOTO seja realmente considerado um DIREITO do CIDADÃO, e NÃO uma OBRIGAÇÃO, porém, obedecendo o princípio de que um DIREITO é uma CONQUISTA e não uma DÁDIVA, portanto tem como PRÉ-REQUISITO o cumprimento de determinados parâmetros, que devem ser estabelecidos pela sociedade, como por exemplo, um NÍVEL EDUCACIONAL mínimo de PRIMEIRO GRAU completo e não estar preso ou subjúdice, ao exercer o direito ao voto, pois o mesmo tem o poder de INTERFERIR nos DESTINOS de seu PAÍS.

 

Já dizia ROUSSEAU: A JUVENTUDE não é a INFÂNCIA. para as NAÇÕES, como para os HOMENS, um TEMPO de juventude, de maturidade, durante o qual é preciso ESPERAR antes de SUJEITÁ-LOS às LEIS, mas a MATURIDADE de um POVO não é fácil de conhecê-la e, se for antecipada, aborta-se a obra. Um povo pode ser disciplinado ao nascer, enquanto outro não o será mesmo depois de dez séculos.” Isso só reforça o VALOR ESSENCIAL e os ESFORÇOS que os governos devem dirigir à EDUCAÇÃO e à CULTURA.

 

“A administração torna-se mais ONEROSA à medida que os graus de ADMINISTRAÇÃO se MULTIPLICAM, porque CADA CIDADE tem a sua, que o POVO PAGA; cada distrito, a sua, paga também pelo povo; cada província e depois os grandes governos, as satrapias, os vice-reinados (ou ESTADOS, como no BRASIL), que é preciso PAGAR sempre MAIS CARO à medida que se sobe e sempre à custa do INFELIZ POVO; finalmente, vem a administração suprema (governo central, federal, etc.) que TUDO ESMAGA.”

 

ROUSSEAU criticava a BUROCRACIA da época e já antevia o CRESCIMENTO excessivo da MÁQUINA ESTATAL, criando tantas SOBRECARGAS que exaurem, penalizam e EMPOBRECEM o CIDADÃO, causando uma enorme dificuldade ao crescimento e desenvolvimento do seu POVO e consequentemente, do próprio ESTADO. Dessa maneira, o ESTADO PERDE o seu VIGOR e RAPIDEZ, seu poder de fazer executar e fiscalizar as leis, sua força no cumprimento de suas atribuições legais, e seu PODER de coordenar o DESENVOLVIMENTO Socioeconômico de seu POVO e do seu PAÍS.

 

ROUSSEAU também defendia que o OBJETIVO de todo sistema de LEGISLAÇÃO é GARANTIR a LIBERDADE e a IGUALDADE, que consistem exatamente no MAIOR de todos os BENS do SER HUMANO.

 

“A respeito da IGUALDADE, NÃO SE DEVE ENTENDER por essa palavra que os graus de PODER e RIQUEZA sejam absolutamente os mesmos, mas que, quanto ao PODER, esteja acima de toda a violência, e não se exerça jamais senão em virtude da classe e das leis; e quanto à riqueza, que nenhum cidadão seja tão rico para poder comprar um outro, nem tão pobre para ser obrigado a se vender.”

 

Nesta definição de ROUSSEAU percebe-se existir uma SABEDORIA impressionante, pois é exatamente onde reside a mais GRAVE CAUSA da DECADÊNCIA da maioria dos SISTEMAS POLÍTICOS dos últimos séculos, e principalmente das últimas décadas. Os mais PODEROSOS ou os GRUPOS OLIGÁRQUICOS, através dos tempos, foram TRANSFORMANDO as LEIS desses Sistemas Políticos, de modo a SEREM ELES os MAIORES BENEFICIÁRIOS do PODER do ESTADO, em prejuízo de uma enorme massa de população, que assim passa a ser composta por pessoas TÃO POBRES que são praticamente obrigadas a SE VENDER para ter uma vida melhor. E pior ainda, muitas vezes TRABALHANDO como se fossem ESCRAVOS, com muitas e muitas horas de trabalho (e de deslocamento para o mesmo), salários ruins e carga tributária altíssima.

 

Assim, criou-se também um pequeno número de CIDADÃOS TÃO RICOS e PODEROSOS, que conseguem COMPRAR a muitos, e muito mais grave, comprar GOVERNANTES e POLÍTICOS, que deveriam representar o POVO e a Vontade Geral, mas estes INVERTERAM totalmente o VALOR da DEMOCRACIA.

 

ROUSSEAU trata da LEI dos USOS e COSTUMES e sobretudo do conhecimento, dos quais depende o êxito de todas as outras LEIS, pois ESTES se GRAVAM no coração dos CIDADÃOS, que faz a VERDADEIRA CONSTITUIÇÃO do Estado; conserva um povo no espírito de sua instituição e, pela força do hábito, é a que dá origem a todas as relações povo e Estado; é a ORIGEM e o DESTINO das LEIS POLÍTICAS ou fundamentais, das leis CIVIS e das leis CRIMINAIS.

 

Portanto, se as LEIS NÃO CONSIDERAM as LEIS do POVO; têm origem externa ou de cima, de grupos de interesses particulares ou privados, se elas NÃO SÃO SÁBIAS, e, principalmente, se essas leis resultam em uma MÁ ORDEM estabelecida, por que se haverá de tomar por fundamentais leis que impedem o ESTADO de SER BOM? O POVO é sempre SENHOR para MUDAR suas LEIS e ninguém terá direito de impedi-lo!

 

“O Poder Legislativo é uma AÇÃO MORAL, a VONTADE que determina um ato; O Poder Executivo é uma AÇÃO FÍSICA, que executa um ato. “O Poder Legislativo PERTENCE ao POVO e só pode pertencer a ele... Numa legislação perfeita, a VONTADE PARTICULAR ou individual deve ser NULA; a vontade do corpo, própria ao GOVERNO, deve ser bem SUBORDINADA; e a VONTADE GERAL ou soberana deve ser sempre DOMINANTE e a regra única de todas as outras.”

 

Segundo ROUSSEAU, o GOVERNO é um CORPO INTERMEDIÁRIO entre o soberano (a Vontade Geral, o poder de todos os cidadãos) e os cidadãos (o poder de cada cidadão, como particular, como súdito), encarregado da EXECUÇÃO das LEIS e da MANUTENÇÃO da LIBERDADE, tanto civil como política, e representa o exercício legítimo do Poder Executivo. 

Os CARGOS dos MAGISTRADOS não passam de uma COMISSÃO, um emprego, no qual são simples OFICIAIS do SOBERANO (do povo, como um todo), que EXERCEM, EM SEU NOME, o Poder de que são depositários. Portanto o Poder do POVO PODE LIMITAR, MODIFICAR ou RETOMAR esses cargos quando JULGAR que isso seja justo e necessário.

 

MAGISTRADO, originário do latim MAGISTRATUS (magister, chefe, superintendente) designava um funcionário do poder público investido de autoridade. Um Presidente da República seria um primeiro magistrado.

 

Não é exatamente o que tem ocorrido nas modernas democracias, onde se INVERTEM a RAZÃO NATURAL das LEIS e da ORDEM, se INVERTEM os VALORES da sociedade, com os Chefes do Poder Executivo se ARROGANDO do poder soberano, de DONOS do PODER, que PERTENCE ao POVO, se arvorando na ELABORAÇÃO e APROVAÇÃO das LEIS, da maneira que melhor lhe aprouver, CARACTERIZANDO um ESTADO DÉSPOTA, que cassa totalmente o poder e os direitos do povo, tornando-o seu ESCRAVO, PAGADOR de IMPOSTOS pesadíssimos ou então, tornando-se um ESTADO ANÁRQUICO.

 

“Quanto MAIS NUMEROSOS forem os MAGISTRADOS, mais FRACO será o GOVERNO... É inútil os magistrados se multiplicarem, pois o governo não adquire com isso maior força real... É certo ainda que, a expedição dos negócios se torna mais lenta, à medida que maior número de pessoas é encarregada disso; fazendo-se maiores concessões à prudência, não se concede o bastante à sorte e se deixa escapar a ocasião; e à força de deliberar, perde-se muitas vezes o fruto da deliberação.”

 

Exatamente o que tem ocorrido na MODERNA DEMOCRACIA - que, como sempre afirmamos, não passa de uma FORMA INCORRETA ou DEFEITUOSA de GOVERNO -, em especial no BRASIL, nas últimas décadas, com o enorme APARELHAMENTO do ESTADO, que INCHOU a MÁQUINA PÚBLICA exageradamente nos três Poderes, chegando a um número absurdo de 39 Ministérios no Poder Executivo, e milhares e milhares de funcionários contratados sem concurso, em cargos “comissionados ou de confiança”, nos três Poderes, em todos os níveis da administração pública do País. O País passou a perder todo o seu tempo em deliberações e, com a falta de planejamento e excessivos gastos públicos, praticamente PAROU de funcionar e DETERIOROU todos os seus SERVIÇOS PÚBLICOS.

 

“Em todos os tempos tem-se discutido muito sobre a MELHOR FORMA de GOVERNO, sem considerar que cada uma delas é a melhor em determinados casos e a pior em outros... O governo democrático convém aos pequenos Estados, o aristocrático aos Estados médios e a MONARQUIA aos GRANDES.”

 

Essas afirmações de ROUSSEAU, realizadas há mais de dois séculos em tom profético, deverão ser sempre consideradas para se IDEALIZAR qualquer FORMA de GOVERNO, pois foram amplamente CONFIRMADAS pelos RESULTADOS avaliados por modernos sistemas de acompanhamento, como o IDH - Índice de Desenvolvimento Humano (ONU/PNUD), que comprova a existência da maioria das MONARQUIAS democráticas modernas ocupando os primeiros lugares em QUALIDADE de VIDA e BEM ESTAR de sua população.

 

E ROUSSEAU alertava sobre o PIOR dos MALES de todas as modernas democracias, a influência de grupos oportunistas e do setor econômico no Estado: “Não é conveniente que aquele que REDIGE a LEI, as EXECUTE, nem que o corpo do povo desvie sua atenção dos objetos gerais para a concentrar nos objetos particulares. NADA é MAIS PERIGOSO que a influência dos INTERESSES PRIVADOS nos NEGÓCIOS PÚBLICOS, e o ABUSO das LEIS por parte do GOVERNO, é um mal menor que a CORRUPÇÃO do LEGISLADOR, continuação infalível dos objetivos particulares.”

 

E como ARISTÓTELES, que considerava a DEMOCRACIA uma FORMA de GOVERNO INCORRETA, um desvio do Governo Constitucional, ROUSSEAU afirmou que: NUNCA EXISTIU a verdadeira DEMOCRACIA e jamais EXISTIRÁ. É contra a ordem natural, que o grande número governe, e que o pequeno seja governado... Não há governo tão sujeito às GUERRAS CIVIS e às AGITAÇÕES INTERNAS como o DEMOCRÁTICO ou POPULAR... Não há nenhum outro que tenda tão continuamente a mudar de forma, nem que requeira mais vigilância e coragem para manter a sua.”

 

A CRISE que temos assistido e vivido diariamente, durante as últimas DÉCADAS, NÃO É de produção, não é de tecnologia, não é de conhecimento, nem é econômica, mas sim uma crise jamais vista na História: uma CRISE TOTAL da ÉTICA, da MORAL e da VIRTUDE. A DEMOCRACIA DEFEITUOSA e DETURPADA das últimas décadas foi apenas um meio facilitador dessa crise, e que, por isso mesmo, necessita ser totalmente REFORMULADA. Um MODELO POLÍTICO para a HUMANIDADE já é o questionamento de uma grande parte dos estudiosos da sociedade e da ciência política.

O POVO e seus MILITARES, estabelecidos para a SEGURANÇA das PESSOAS e seus BENS, surgiram PRIMEIRO, antes do ESTADO, ocuparam um TERRITÓRIO e CRIARAM o ESTADO e as INSTITUIÇÕES! COMO podemos ACEITAR agora que as INSTITUIÇÕES (a CRIATURA) ESCRAVIZEM o POVO (o CRIADOR)?

 

O ESTADO é uma comunidade organizada politicamente, ocupando um TERRITÓRIO DEFINIDO, normalmente sob CONSTITUIÇÃO, e dirigida por um GOVERNO; para que EXISTA um ESTADO são necessários os seguintes elementos: POVO, TERRITÓRIO e GOVERNO SOBERANO. O reconhecimento da independência de um Estado em relação a outros, permitindo ao primeiro firmar acordos internacionais, é uma condição fundamental para estabelecimento da soberania.

 

Um ESTADO, de acordo com a doutrina clássica, pode ter mais de uma Forma: ESTADO UNITÁRIO e ESTADO FEDERADO. FEDERAÇÃO é o nome atribuído à UNIÃO de ESTADOS ou de MUNICÍPIOS em torno de uma ADMINISTRAÇÃO ÚNICA, onde cada um dos federados perde alguma autonomia

 

O CUSTO da maioria dos atuais SISTEMAS POLÍTICOS, que mantêm uma MÁQUINA PÚBLICA PAQUIDÉRMICA, CORRUPTA e INEFICIENTE, parece saído de um FILME da IDADE MEDIEVAL, RECAI totalmente sobre toda a POPULAÇÃO, com os PESADÍSSIMOS IMPOSTOS que compõeas mais ALTAS CARGAS TRIBUTÁRIAS; a CLASSE POBRE, que VIVE ENGANADA, com as ESMOLAS PERMANENTES do governo, mas NÃO RECEBEM nem um décimo do que teriam DIREITO, em serviços públicos, que os tirariam dessa MISÉRIA ETERNA, como EDUCAÇÃO, SAÚDE, GERAÇÃO de EMPREGOS, TRANSPORTE barato e eficiente, MORADIAS decentes e SEGURANÇA PÚBLICA.

 

Partimos da SOCIEDADE FAMILIAR básica, passamos pela sociedade TRIBAL, estabelecemos a sociedade de PEQUENAS COMUNIDADES, das vilas, das aldeias, das Cidades, dos Países, das grandes Civilizações, vivendo entre Monarquias, Aristocracias, Oligarquias, Tiranias, Democracias e alcançamos a Universalidade, com a expansão das ideias em seus fundamentos e argumentos.

 

Considerando as sábias conclusões de ROUSSEAU e dos grandes filósofos gregos, como SÓCRATES, PLATÃO, ARISTÓTELES e outros, apresentei no Livro EVOLUÇÃO CIDADÃ a PROPOSTA de uma nova FORMA de GOVERNO, a POLICRACIA, uma SOLUÇÃO para um NOVO SISTEMA POLÍTICO e ORGANIZACIONAL (não confunda com sistema eleitoral),  que chega ser parecido com uma MONARQUIA, mas que pode permanecer uma REPÚBLICA ou uma MONARQUIA, com um Chefe de Estado, o PRESIDENTE ou um REI (dependendo da decisão do POVO, o verdadeiro SOBERANO), que não será o Chefe de Governo. Esse SISTEMA teria, além do PRESIDENTE (ou REI), mais 4 PRESIDENTES: dos Poderes LEGISLATIVO, EXECUTIVO, JUDIÁRIO e SOBERANO.

 

O MUNDO está PRONTO a encontrar a POLICRACIA, uma DEMOCRACIA PÓS-MODERNA, de um mundo globalizado, do Terceiro Milênio, incorporando em sua essência a maior amplitude das experiências e ideias boas e justas e buscando eliminar os vícios e defeitos dos Sistemas Políticos anteriores.

 

A POLICRACIA admitirá a MULTIPLICIDADE das BOAS IDEIAS e dos PRINCÍPIOS provenientes da MONARQUIA, da ARISTOCRACIA e do GOVERNO CONSTITUCIONAL (erroneamente chamado de Democracia), ainda fundamentados na sabedoria grega, a ser desenvolvida e atualizada para o mundo moderno, com base na EVOLUÇÃO do CONHECIMENTO e da TECNOLOGIA, e que buscará CONSOLIDAR um MECANISMO que garanta o SONHO dos filósofos gregos, da PARTICIPAÇÃO de TODOS os CIDADÃOS, que tenham ADQUIRIDO esse DIREITO, de participação. Esse SISTEMA poderá ser utilizado com as FORMAS de GOVERNO MONARQUIA ou REPÚBLICA, nunca com a ANARQUIA ou DITADURA.

 

A POLICRACIA buscará alcançar o verdadeiro PODER das CIDADES, o verdadeiro PODER dos CIDADÃOS. Deverá aproveitará a SABEDORIA da ARISTOCRACIA, a HONRA da MONARQUIA e a PARTICIPAÇÃO do POVO da DEMOCRACIA.

 

POLIS, palavra de origem grega, significa CIDADE e CRACIA, do grego “KRÁTOS”, significa PODER, força, na expressão de governo. Portanto, a POLICRACIA buscará alcançar o VERDADEIRO PODER das CIDADES, o verdadeiro PODER dos CIDADÃOS. Aproveitará a SABEDORIA da ARISTOCRACIA, a HONRA da MONARQUIA e a PARTICIPAÇÃO do POVO da DEMOCRACIA.

 

Segundo PLATÃO, POLITÉIA significa a CIDADE onde a ÉTICA e a VIRTUDE devem imperar, onde os GOVERNANTES devem visar a união da SOCIEDADE.

 

O MONSENHOR CARLO MARIA VIGANÒ fez um grande APELO MUNDIAL com foco no RISCO que as NAÇÕES da TERRA e as IGREJAS estão correndo e pedindo a todos que se organizem para apresentar PROPOSTAS contrárias à NOVA ORDEM que se pretende instaurar no mundo.

 

Ele clama a todos os POVOS do PLANETA por ALTERNATIVAS CONCRETAS de um PROGRAMA POLÍTICO que seja baseado no BEM COMUM, nos PRINCÍPIOS MORAIS do cristianismo, VALORES TRADICIONAIS, PROTEÇÃO da VIDA, da FAMÍLIA NATURAL, dos NEGÓCIOS  e do TRABALHO, promoção da EDUCAÇÃO e RESPEITO pela CRIAÇÃO.

 

Esse APELO MONSENHOR VIGANÒ tem a sua RESPOSTA exatamente na CRIAÇÃO de um NOVO SISTEMA POLÍTICO e ORGANIZACIONAL, pois os ATUAIS SISTEMAS estão DECADENTES, PROMISCUÍDOS e CORROMPIDOS,  dominados por uma OLIGARQUIAS NACIONAIS e INTERNACIONAIS que chamam de NOVA ORDEM MUNDIAL, a POLICRACIA em um ESTADO muito mais ENXUTO, SIMPLIFICADO e priorizando a VALORIZAÇÃO dos CIDADÃOS e de suas CIDADES, onde nascem, crescem, estudam, criam suas famílias, suas amizades e a sua vida. VÍDEO ABAIXO:

 



Na PROPOSTA ainda se define a necessidade da ELABORAÇÃO de uma NOVA CONSTITUIÇÃO, com um NOVO SISTEMA POLÍTICO e ORGANIZACIONAL, PRIORIZANDO os CIDADÃOS e suas CIDADES, e dando mais PODER aos CIDADÃOS na ESCOLHA dos candidatos a seus REPRENTANTES, nas suas reais chances de ser eletivo, na DEMISSÃO (impeachment) de seus candidatos eleitos e criando ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS REGIONAIS, com funções exclusivas de organizar os processos de escolha e candidaturas (SEM nenhum PODER USURPADOR de GOVERNO, como é hoje) e em maior participação nas DECISÕES POLÍTICAS através de REFERENDOS e da ASSEMBLEIA FEDERAL de MUNICÍPIOS (isso significa o FIM das CAPITANIAS HEREDITÁRIAS - vulgo ESTADOS).

 

A POLICRACIA


 
Sistema Tributário Simplificado



Assim, podemos concluir que, por mais que possamos estar DESILUDIDOS com a POLÍTICA, caberá a nós, o POVO, estabelecer os MEIOS e os CRITÉRIOS, na Forma de Governo POLICRACIA, que permitirão à SOCIEDADE PENEIRAR, entre seus CIDADÃOS, aqueles que o REPRESENTARÃO POLITICAMENTE e que DIRIGIRÃO os DESTINOS de seu PAÍS.

 

Para tanto, faz-se mister que essa PENEIRA OCORRA em todas as FASES, e que os CANDIDATOS a REPRESENTANTES do POVO tenham uma base de ENSINAMENTO, que lhes permitam cumprir bem sua missão, se aperfeiçoando na CIÊNCIA POLÍTICA, até poderem chegar aos escalões mais importantes. Esse simples sistema é de grande importância em qualquer área da humanidade, e quando o abandonamos, pagamos sempre muito caro por isso, com raríssimas exceções.

 

Deveremos CRIAR algo que SEJA REAL e que REPRESENTE o POVO, a coisa mais simples que se possa pensar e iniciar: as associações de cidadãos, ou seja, a ASSOCIAÇÃO POLÍTICA.

 

As ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS serão ORGANIZAÇÕES VOLUNTÁRIAS, de personalidade jurídica PRIVADA, que RECRUTARÃO CANDIDATOS e farão campanha para ELEGEREM os seus CIDADÃOS aos CARGOS POLÍTICOS, mobilizando as pessoas para PARTICIPAREM na ESCOLHA dos seus candidatos.

 

Será a CIÊNCIA POLÍTICA atuando bem PRÓXIMO ao CIDADÃO, em entidades políticas que serão da CIDADE de CADA UM e NÃO uma ORGANIZAÇÃO toda PODEROSA, muito DISTANTE e que UTILIZA o CIDADÃO como MASSA de MANOBRA para atingir INTERESSES PARTICULARES de seus CHEFES e de EMPRESÁRIOS PODEROSOS do PAÍS.

 

De nada adiantará mudarmos os POLÍTICOS do PAÍS, se não fizermos a maior LIÇÃO da HUMANIDADE,  a MÃE de todas as REFOMAS: a POLÍTICA -  das LEIS e do SISTEMA POLÍTICO. TODAS as demais REFORMAS terão seus RESULTADOS efetivos a partir desta.

 

NENHUM PODER do ESTADO terá poderes de FISCALIZAR a SI PRÓPRIO, o que implica na NECESSIDADE de um PODER SOBERANO, que será independente e harmônico com os demais Poderes, e por sua vez, será fiscalizado pelos Poderes Legislativo e Judiciário.

 

O PODER SOBERANO irá eliminar a CONFUSÃO de quem FISCALIZA, quem CONTROLA e quem INVESTIGA, e atuará na DEFESA de seu SOBERANO, o POVO, do PATRIMÔNIO PÚBLICO e do ESTADO, ASSESSORANDO permanentemente os demais PODERES. Não acrescentará custos, pelo contrário, ajudará no enxugamento da máquina pública, pois deverá ser a união de muitos Órgãos já existentes, como os Ministérios Públicos, as Controladorias, os Tribunais de Contas, parte fiscalizatória das Polícias Federais, dos Bancos Centrais e outros que atuem nesse sistema, que necessita mesmo ser independente!

 

Mas isso JAMAIS será POSSÍVEL de ser experimentado com os atuais LOBOS e HIENAS que ocupam o LEGISLATIVO na maioria dos PAÍSES. Será necessário primeiro uma RUPTURA TOTAL com o SISTEMA POLÍTICO OLIGÁRQUICO APODRECIDO para a REGENERAÇÃO das CONSTITUIÇÕES, de todas as LEIS e da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, partindo para a implantação da experiência dessa NOVA FORMA de GOVERNO:  a POLICRACIA.

 

“Não consigo entender por que as pessoas têm medo de novas ideias. Eu tenho medo é das antigas.” JOHN CAGE

 

“Países cujas CONSTITUIÇÕES PERMITEM que os POLÍTICOS TENHAM FORO PRIVILEGIADO e que os PRÓPRIOS POLÍTICOS NOMEIEM os JUÍZES dessa mesma Corte, são POCILGAS, HOSPÍCIOS LEGALIZADOS em forma de nações.” José Márcio Castro Alves

 

O POVO e um NOVO GOVERNO, que deverá ser ELEITO com uma maioria de políticos sérios, profissionais da vida cotidiana das CIDADES, capacitados e patriotas, irão recolocar os países novamente nos trilhos da ORDEM, do PROGRESSO, da JUSTIÇA e dos VALORES da FAMÍLIA, da ÉTICA e da MORAL. 

GOVERNOS OLIGÁRQUICOS e CORRUPTOS serão definitivamente EXTIRPADOS dos Países Policráticos.

 

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2.023 – o ANO do Brasil.

 

Euro Brasílico Vieira Magalhães - Ten. Cel. Ref. FAB, Professor e Autor do Livro Evolução Cidadã, editado em 2015 – All Print Editora, 584 páginas, edição colorida, onde é apresentada a POLÍTICA através da HISTÓRIA do PLANETA e da RAÇA HUMANA e uma PROPOSTA completa de um NOVO SISTEMA POLÍTICO e ORGANIZACIONAL para o BRASIL, em que se VALORIZA os CIDADÃOS, as CIDADES e se DIMINUI o TAMANHO e o PODER do ESTADO, bem como se propõe os MECANISMOS mais efetivos para FREAR e LIMITAR os abusos de PODER dos governantes.

 

eurobvm@gmail.com

 

 

 

 

 

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